Thursday, July 19, 2007

O Livro dos Amantes

IX

«Pusemos tanto azul nessa distância
ancorada em incerta claridade
e ficamos nas paredes do vento
a escorrer para tudo o que ele invade.

Pusemos tantas flores nas horas breves
que secam folhas nas árvores dos dedos.
E ficamos cingidos nas estátuas
a morder-nos na carne dum segredo.»

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