Tuesday, May 30, 2006

Memória

Se ao acaso te deres, ao vago te entregas. Tu só, espírito culto, ave (não rara) mas livre, tu só és, na plenitude de ti, um pouco do que contigo se criou e mais qualquer coisa do que de novo trouxeres. E assim vamos. Eu, tu, os outros e os alguns que, fingindo-se distraídos, passam por nós e riem, fazendo escárnio. Quando assim for, recolhe-te. Não há nada a fazer. Como saberás, perfeitamente, não há coisa pior do que homens libertinos a quererem passar-se por livres.


Maria Amaro (Maio/06)

1 comment:

Alex said...

É por estas e por outras que não as memórias ficam, resguardadas, umas vezes até ausentes num canto qualquer do pensamento, por um tempo, o tempo necessário no equilibrio.

Mariana.
Também não me esqueci do teu nome.
Como estás Mariana?

Um beijo para ti